Sabor da alma
Já não sinto o sabor a insosso. Como já me é desconhecido! Deixo-me ficar à noite a engolir o vento esperando que o sabor desvaneça – mas não consigo. Mergulho-me de alma no rio, mas não há água que me transfigure.
Já não lembro do traço doce. Só consigo uma fraca memória do (dito) mel na minha meninice. Mesmo quando impregno o meu estomago de mil doçuras- não me consigo soltar do trago que me impele.
Só reconheço o paladar do amargo. Que me desperta, me acorda e me faz sentir vivo. Que transborda da alma para o meu corpo. Que brota duma nascente interna, que nunca acaba. Paro de escrever enquanto sinto mais uma lágrima, que cai e me alimenta:
«E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!»
Já não lembro do traço doce. Só consigo uma fraca memória do (dito) mel na minha meninice. Mesmo quando impregno o meu estomago de mil doçuras- não me consigo soltar do trago que me impele.
Só reconheço o paladar do amargo. Que me desperta, me acorda e me faz sentir vivo. Que transborda da alma para o meu corpo. Que brota duma nascente interna, que nunca acaba. Paro de escrever enquanto sinto mais uma lágrima, que cai e me alimenta:
«E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!»