terça-feira, setembro 27

Junto ao Tejo

Bem junto ao Tejo,
num banco de jardim,
escondo o meu ensejo,
crio sonhos sem fim.
Ao longe sinto o desejo,
ao perto o eterno - sim,
bem junto ao Tejo.

segunda-feira, setembro 26

Só (SOS)

Bem só
sentado e magoado,
espero uma caricia,
espero o meu momento.

Mal só,
sentado e triste,
espero um olhar,
espero o meu momento.

Sempre só,
sentado e amargurado,
espero um erguer firme,
espero o meu SOS.

domingo, setembro 25

Banco de jardim

Cordão rente e crente,
liga-me ao momento
num banco de jardim,
num momento sem fim.
Destino ou sorte,
aproximados num só,
encostados e unidos,
rentes e carentes.
Conversa de amor,
com o tempo a correr,
mas com sonhos agora reais,
toques de rei
lá bem junto no banco de jardim.

Aveludado e preto

Aveludado preto,
amorenado pelo ar
e embelezado.
Esconde uma fortaleza,
mas descobre um mimo,
e mostra-se aos poucos.
Selvagem mas segura
na minha mão,
Bem em frente ao jardim,
bem junto ao meu eu,
desprotegido mas feliz,
entregue à brisa,
num paraiso,
numa correria de minutos,
num correr de sentimentos.

Descobrimentos

A bussola desiste,
sinto o desnorte,
sinto a brisa
sinto-a.
A ansia insiste,
sinto-a triste,
sinto-a minha,
sinto-a.