domingo, janeiro 8

Noite das Estrelas

A noite arrefece o meu corpo mas a esperança aquece o meu coração.
A minha alma continua a vibrar em sintonia com o meu sentir.
Sei das rugas no meu coração, cada uma conta a sua história de (des)amor que se perdeu no tempo. Ao espelho vislumbro as rugas na minha cara, ora causadas por sorrisos profundos ora marcadas por momentos de grande tristeza. Resultam ainda de noites mal dormidas em que apenas o vento me acompanhava e me ajudava a voar.
Sentir e perder são verbos que nos seguem duma forma impávida, serena mas implacável. Nem sempre temos do nosso lado a escolha, são como numa roleta russa.
Mas no fim da noite as estrelas do céu continuam lá. Num ritual nocturno iluminam o nosso caminho e não desistem. Noite após noite estão lá à espera do nosso olhar, da nossa reflexão ou da nossa solidão.