sábado, abril 5

CInzas de amor

A chuva toca na minha janela, num Inverno que se esconde por detrás da tão desejada Primavera. O meu olhar está agora em ti, tocas-me, toco no teu cabelo escuro e com beijos sublimes deixo-te um sinal do carinho que por ti sinto. Estás nua à minha frente e retribuis com um ar contemplativo e que espelha igualmente o teu doce carinho –és uma bela mulher. Sinto o teu coração perto do meu a bater - bem dentro do teu belo corpo. Sinto o seu acelerar à medida que as nossas caricias aumentam, tocas-me, toco-te e sem querer mil reações químicas de prazer disparam nos nossos corpos quentes. Os teus lábios tocam nos meus, num movimento lento e quente, sinto o teu toque aveludado a mostrar o teu prazer e o teu desejo.

Já me tens dado tanto e eu em troca tão pouco – penso eu, num sopro de pensamento.

Sinto que queres ardentemente fazer amor comigo, a minha parte física impulsiona-me igualmente e desesperadamente para que não perca tempo e caia nos teus braços; te permita sentir o maior prazer do mundo, que um homem pode dar a uma mulher.

Não te escondi, que ando perdido pelo mundo, não te escondi que as rugas no meu coração não me permitem amar como eu queria, como tu mereces.

Se calhar as minhas caricias, mimos e beijos deixam-te confusa fazem-te pensar que poderás ter mais de mim, apesar das minhas palavras.

Por momentos, paro, não sei como te dizer, não sei se devo ou não fazer amor contigo: rejeitar-te neste momento será duro para ti, mas, tocar-te mais e deixar-me envolver e permitir que tudo aconteça, não será como uma sms que sugere “Amo-te pf fica comigo”.

Em silêncio afasto o teu corpo, enquanto sinto uma lágrima que tomba na almofada, como que um transpirar do meu estado de alma – dor e cansaço. Levanto-me, não quero que me vejas a chorar. É tempo de aceder um cigarro, esse companheiro de tantos bons e maus momentos, e como que tudo na vida acaba sempre em cinzas .