sexta-feira, setembro 2

(Sete)tembro quinque

Vejo uma moldura
que ressuscita um momento:
um colo, um mimo ou um beijo.
Que se perderam no tempo, mas
que se eternizam no meu pensamento.
(Na minha memória) não te deixo estar deitado,
vejo-te alto como uma montanha
que no horizonte mima o meu olhar.
Perdi o tempo para o dizer.
Desperdicei o cheiro, o toque e o calor (teu).

Agora (só)
sinto-te fundido no céu azul
que tento retratar na Holga
-que não conheceste.
A minha estrada também acabará.
Ando muito depressa
que (até) sinto o escaldar do asfalto.
Por isso a mão treme no leme.

Espera por mim,
ao fundo onde o céu beija
o laranja do por-do-sol.
Será que me reconheces
na forma que estou e agora sou.
Não sei, não sei se quero.
Ah! Beijos do G. Nuno e da M.J.