quinta-feira, fevereiro 23

Bússola (in)decente

Mal sinto a pele que me reveste.
Que me tapa o corpo.
Que serve como fronteira
para o casulo da minha alma.
Que sente o frio e o calor:
mas,
nunca tão forte como o que
sai do meu coração e irradia.
Leva-me para longe,
peço-te.
Apaga-me a dor.
Aquece-me a pele e o coração.
Sabes, basta um abraço;
basta um olhar
que empeça o meu de se perder.
Leva-me pela mão.
Guia a minha alma.
Estou aqui,
de olhos fechados
no escuro do dia;
mo frio do quente,
no caminho perdido.
Onde a bússola mente.