quarta-feira, outubro 29

Onda curta

Uma onda turva afasta-se,
resulta de um toque lento e meigo da minha mão.

Afasta-se de forma veloz.
Sei que não a consigo agarrar.

Flui pelo Douro, perdida e só.
Já lá vai, mal a vejo, mal a sinto ao longe.

Não depende mais, do meu toque.
Está entregue a si!

Segue para a Foz.
Segue o seu caminho.

A gota que resta,
humedece os meus dedos.

Arrefece a minha alma.