quarta-feira, fevereiro 17

Passeios d'alma

Sinto-te como veludo – quando te toco. Na janela repousas o teu corpo mas nunca o teu olhar. Já me sentiste feliz e já viveste comigo triste. Já me mimaste e já te mimei. Brincaste com a minha mão, com o meu toque. Sempre pediste pouco em troca. Sempre te dei pouco. Podia ter dado mais. Mas, corro e corro mas falta-me sempre tempo. Corro como o vento sem saber bem para onde vou. Tal como tu – penso a admirar o sol.
Achavas que não tinhas nada para dar: estavas errado.
Parece que já sinto a falta do teu calor corporal, do teu ar meigo e de contemplação. Não sei se teremos mais tempo. Não sei se terei tempo de te tocar de novo. Perdoa-me! Prometo: quando o vento soprar ou o sol brilhar – sentir-te no meu pensamento.
Viajarei com a minha alma junto a tua. Espera por mim!