Por vezes acordo, corro para o meu novo dia, energético e feliz. Acredito por momentos que tudo vai ser diferente, que o Sol irá brilhar e que algo de único e especial me vai cair do céu. Definitivamente, ser feliz é conseguir ficar satisfeito com o pouco que temos.
Até à última palavra, até à última vírgula, até ao último esforço da alma o poema está suspenso e o poeta é um ser ainda mutilado. Quando o poema está inteiro, intocável, só então, é poeta o poeta na verdade de um instante sucedido. Agora tem de esperar, sem qualquer certeza, que de novo venha o verso que bate e ilumina. A vida do poeta é a de um mendigo e não consegue outra. O autor ausenta-se para dar lugar ao leitor que, por momentos, se faz poeta. Pedro Paixão
No meio dum mimo repentino, espero por um beijo eterno. Preciso de apagar más recordações. Quero e preciso de sentir, preciso de respirar, com toda a força e de novo. O Tic-tac não para nunca e o meu coração não pode mais, não quer sentir e ficar parado. Não aguenta esperar, a arrefecer e a sofrer. Num Inverno longo e solitário.
Sou um viajante da Internet, com uma certa bipolaridade em relação à vida. Sou um anónimo, sou o nada, sou um ninguêm que como toda a gente procura desesperadamente o seu caminho.