quinta-feira, janeiro 27

Nunca digas nunca mais

Muita vezes, duma forma expressiva e intensa senti vindo dos teu lábios a palavra - nunca. Dizias-me enquanto adormecia, quando estava perdido no meu mundo sombrio ou como vitamina do meu dia. Tal como quem sofre acredita no médico ou curandeiro acreditei sempre, que essa fosse a cura dos meus males. Que nos momentos mais complicados, essa palavra (recordação) apareceria do nada e esticaria uma mão que me levantaria das águas frias, evitando que eu desistisse de esbracejar e me deixasse afundar na água fria. Se durante muito tempo da minha vida acreditei no - nunca, também me agarrei fortemente à - eternidade dos sentimentos (não da vida).
Escusavas de me mostrar duma forma violenta que o nunca, para sempre e o juro pouco valem, quando ditos na rotina do dia-a-dia ou quando ditos num momento de paixão.