quarta-feira, agosto 1

Leve e ao longe

Ao de leve,

mas bem ao longe,

como que ao som dum teclar,

irradias um bom karma.

Ao de leve,

mas bem intenso,

como que ao som dum chilrear,

leio-te nas entrelinhas.

És especial e irradias luz,

mesmo quando te sinto na penumbra.

Sombra

Como que num sopro,

gélido mas forte,

envolto em mistério,

envolto em dor,

a sombra volta e,

percorre a minha alma,

estremece o meu corpo.

Sei que procura um porto,

um local para se deitar,

um local para chorar,

que não encontra,

e que não aparece.

Desnorte

Sem chão

e sem norte,

um pouco entregue a sorte,

navego pelo meu mundo.

Vampirizando o ar,

abusando do meu ser,

ora na sombra,

ora ao sol,

desejo encontrar-te novamente.