sexta-feira, setembro 13

(in)DIZ(ente)

Não sei se já te disse –hoje- que adoto viajar nos teus lábios. Que o teu colo me embala para - mundos de paraíso e paz.
Que sem eles -as palavras esmorecem, a luz do sol encarquilha e a beleza do momento, esvai-se como numa foto velha de uma Polaroid.

Não sei se já te disse –hoje – que me perco no relevo expressivo dos teus olhos. Que o calor do teu corpo esquenta – sempre o meu.
Que sem eles – os meus acabam por morrer, a luz da lua fica baça e a meu coração, bate aflito, como o de um recém-nascido.

Não sei se já te disse – hoje – que preciso do teu abraço mudo. Que o teu toque energiza a minha alma - sempre.
Que sem ele – os meus perdem dono e sentido, a minha força decai e a minha alma pena pelo purgatório, como se de um indigente odiado se tratasse.