segunda-feira, dezembro 27

Ao telefone.

Ligou-me uma amiga, senti a tristeza e algum desespero na voz. O telefone é uma coisa mesmo fria, ouvimos as palavras mas perdemos o olhar, a expressão do rosto, o movimento das mãos ou seja ficamos com muito pouco. Mas era uma amiga, que estava longe, a trocar palavras comigo e eu pouco podia fazer. Como se pode mimar, aconselhar e ajudar alguém que não nos sente (que não sentimos) e que apenas ouve ao longe o nosso discurso?
Os telefones servem para ajudar a mentir, para despachar os amigos, para desculpabilizar a ausência ou para justificar (sem olhar) o nosso atraso para aquele encontro tão importante.
Não me telefones mais, quero ver-te ao vivo, sentir o que sentes, poder tocar com as minhas mãos nas tuas ou simplesmente trocar uma abraço e um mimo. Só assim te poderei ajudar, só assim me sentirei melhor.

domingo, dezembro 26

Doce veludo

Num único olhar, senti que estavas ali. Depois, foi só esperar pelo teu aproximar, lentamente sentir o teu aroma e para logo de seguida, sentir o teu toque.
Esperando apenas pelo toque de veludo dos teus lábios quentes e sensuais.