terça-feira, dezembro 4

Sa(i)u-dade em tom crescente

Saudade que rói, mói e dói.
Desejo de dizer o não dito e fazer o não feito.
Pena - que o inferno do tempo só deixe sentir o vivido.
Desespero do abraço quente (que paira apenas na memória).
Vontade de gritar: a dizer o não dito – e angustia por não o ter feito.
Falta do: olhar terno que vagueia na memória dorida porque já foi e já não é.
Ansia de acordar e sentir que tudo não passou do maior pesadelo – que alguém possa ter.
Recordação eterna do colo, mimo, do bom e do mau, da voz, do cheiro, da mão que embalou e amparou - o meu aprender a caminhar.