segunda-feira, abril 1

À bolina

Ainda me lembro do teu primeiro olhar, do teu cheiro, do teu terno toque, do teu abraçar e p’ra sempre do teu beijar. Deste-me a mão e amparaste-me como nunca nenhuma mulher o tinha feito.

Foste como uma peça perfeita e bela, que me embalou os sonhos e me ajudou a não temer os pesadelos.

Já tive mulheres que me acompanhavam, enquanto eu continuava só, nem a sua sombra num dia de sol, era suficiente para me trazer algum conforto. Nenhuma, como tu, foi capaz de mover o Sol para me poupar.

Perdoa-me, senão te mereci, se te magoei ou feri.

A tempestade do meu ser, empurra-me à bolina, num mar revolto sem fim.

No fim, a minha estória é fácil de escrever, termino à procura duma palavra qualquer para justificar e rimar com solidão.