domingo, julho 13

Escrita

Uma Lomo, tabaco, um moleskine e uma caneta, compõe o cenario da esplanada.
Vislumbro os vultos de pessoas na rua:
turistas transpiram calma, enquanto arrastam ruidosas malas;
velhos discutem -se calhar- o pouco tempo que lhes resta;
ao lado, uma criança grita entediada com a sua vida.
As palavras não largam a minha caneta; mais uma pagina do meu diario é preenchida.
Escrevo para matar o tempo!
Penso que escrevo -o que não digo, o que penso e o que vivo em silêncio.
Escrevo ficção inspirada num filme meu ou outro qualquer.
Escrevo inspirado por uma foto ou por um livro.
Mas,
nunca leio o que escrevo - porque não é fácil entender o vivido.
Escrevo como vivo: rapidamente.
Os momentos sucedem-se numa velocidade virtiginosa - não tenho tempo para pensar ou sentir.
Por isso, não leio o que escrevo, se o fizesse não me restaria tempo...