terça-feira, outubro 11

P'ra ti

Doce e serena foi a minha noite. Já há muito tempo que não sentia uma caricia tão especial, um apertar de braços tão terno e o sentir duma respiração tranquila e meiga. Resisti enquanto consegui, se havia noite que me satisfazia ficar acordado eternamente, essa noite foi a de ontem.
Bem apertado, mas feliz.
Bem quentinho, esqueci que estava triste.
Bem juntinho a ti, senti o que julguei não existir.
Lutei, para que aquele momento se eternizasse, para que não cresças, não fiques um adolescente rebelde e para que não te transformes num adulto formatado (pela vida) como eu.
Foi bom, se calhar não te apercebeste, mas fizeste–me muito feliz, fizeste-me acreditar que tenho alguém ao meu lado venha o que vier, que irei proteger e que me vai responder com a mesma moeda de troca.
Fizeste-me sentir que contigo o “pra sempre” pode existir.
Se eu te desiludir, perdoa-me, só poderá acontecer porque enlouqueci.
Foi um dos momentos mais felizes, dormir a teu lado, meu filho.
Se algum dia leres estas palavras, dá-me um abraço e um beijinho daqueles que só tu me sabes dar, mesmo que não gostes da minha escrita.